Foi dada a largada hoje ao 4o Salão do Imóvel, que acontece em Porto Alegre, no estacionamento do Shopping Iguatemi. O evento centraliza opções diversas de empreendimentos e outras facilidades, como empresas de financiamento, consórcio e afins, com o objetivo de alavancar as vendas no setor imobiliário. Mais ainda? Luciano Marques, especialista no setor e gestor da conta DHZ, uma das clientes deste mercado aqui na casa, diz que o momento não poderia ser mais favorável às construtoras. A oferta de crédito é farta, tanto para quem constrói quanto para quem compra. Por outro lado, Luciano alerta: o momento pode ser bastante perigoso para as empresas do ramo.
Não se trata de pessimismo, mas sim de manter os pés no chão. A alta do setor imobiliário teve início por volta de 2007, e muito provavelmente estejamos no auge do aquecimento agora, em 2010. Mas, como tudo que sobe tem que descer, deve-se evitar a todo custo a euforia e o deslumbre com os altos números. Presenciamos, há algum tempo, o caso de uma empresa que dobrou seu faturamento numa sequência de anos que parecia não ter fim. Mas teve, e a causa da falência foi o alto investimento, motivado pela previsão de um futuro baseado no calor do presente.
O governo já toma as devidas medidas para que o Brasil não sofra o efeito colateral de uma das maiores crises financeiras mundiais, que teve origem nos EUA e o seu pouco regulamentado mercado imobiliário, no fim de 2008. Se, a exemplo dos norte-americanos, seremos engolidos por uma bolha ou não, se a Copa de 2014 vem para incendiar o mercado que já está aquecido ou não, só o tempo nos dirá. Na incerteza, como bem diz Luciano, seguimos aconselhando nossos clientes a “buscar o crescimento, mas sem dar o passo maior do que a perna.”